O Lado Oculto da Pandemia em Crianças e Adolescentes.

Após um ano do início da pandemia, o que era uma emergência de saúde pública está se transformando em uma crise de saúde mental entre crianças e adolescentes. Embora, esse público não seja o mais afetado diretamente pela Covid-19, eles se tornaram vítimas ocultas da pandemia.

Muitas famílias vivenciaram além do medo iminente da morte, também o próprio luto advindo da doença. Além disso, tivemos o impacto na renda familiar ocasionando piora na qualidade da alimentação, o distanciamento social, a ruptura do ciclo de amizades e descarga emocional e a nova cobrança para a adaptação do ensino a distância.

Diretamente, as crianças e os jovens recebem a carga emocional dos familiares e precisam lidar com o que podemos chamar de falso entendimento (muitas vezes pela imaturidade emocional e pela falta de conhecimento e repertório).

Devemos lembrar que eles também estão sendo bombardeados de informações através de noticiário, mídias sociais e pelos diversos meios de veiculação de informações. Mas o quanto damos de importância ao que eles estão sentindo e ouvindo em meio a tudo isso?

Por ser o público menos afetado, suas emoções e sentimentos são diversas vezes negligenciados ou abafados. O que contribui para o adoecimento mental e agravamento da repercussão pós pandemia. Por isso, devemos estar atentos a diversas reações que podem ser apresentados, como distanciamento afetivo, uso abusivo de meios eletrônicos, falta de interesse, estado deprimido recorrente além de supressão dos sentimentos através de consumo exagerado de alimentos ou bebidas.

Mas o que devemos fazer? Mantenha um dialogo eficiente, respeitando a maturidade interpretativa da criança ou adolescente, para que possam entender o que está acontecendo e amenizar os sintomas ansiosos. Busque saber e compreender o que estão sentindo e dê valor aos seus sentimentos. Favoreça interações e atividades que envolva, mesmo que virtualmente, o contato com outras pessoas. Distancie – os de noticiários negativos e o mais importante, lembre-se que essa fase irá passar e que estaremos prontos para o novo mundo.

Aline Cristina Gavioli

CRP: 06/164909

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Mitos e Verdades Sobre a Saúde Mental

As pressões socioeconômicas, a ansiedade, o medo e a falta de controle que estamos vivenciando, influenciam para o adoecimento da saúde mental individual e coletivamente. Por isso, devemos buscar alternativas para não adoecermos fisicamente e psicologicamente.

Entender, que a estabilidade mental tem intensa relação com o bem-estar, é extremamente importante, visto que ela possibilita o ajustamento nas relações sociais através do controle das emoções positivas e negativas.

Devemos lembrar que os transtornos mentais surgem pela influência de múltiplos fatores, podendo ser: sociais, genéticos, psicológicos e ambientais. Ter um olhar atento as mudanças comportamentais e a presença exacerbada de pensamentos e emoções negativas, é essencial para a prevenção do adoecimento.

Infelizmente, vivenciamos alguns estigmas e preconceitos relacionados a saúde mental o que prejudica diretamente no cuidado, bem como, acaba favorecendo que a pessoa seja mal compreendida e assim a busca pelo tratamento seja tardio.

Dentre as concepções erradas temos:

Transtorno Mental é Sinônimo de Loucura;

Depressão e tristeza são a mesma coisa;

Ter um transtorno mental é sinônimo de fraqueza;

Se eu tenho que ir a um psiquiatra, meu caso deve ser muito grave;

Os medicamentos psiquiátricos viciam;

Por isso, debater sobre esse tema é muito importante, principalmente para sua desmitificação, já que historicamente a saúde mental carrega raízes marcadas por torturas, aprisionamento e métodos de tratamento extremamente agressivos.

Portanto, disseminar informações corretas e que encorajem a busca e o olhar para a saúde mental é extremamente importante, pois, auxilia na busca por

tratamentos e soluções adequadas quando necessário. Lembrando que quanto mais cedo for a busca pelo tratamento, melhor será seu prognóstico. E que todo diagnostico deve ocorrer através de um profissional especializado.

Aline Cristina Gavioli

CRP: 06/164909

Lidando com o Luto

Para falar sobre esse tema, precisamos primeiramente entender o que LUTO significa. É sabido que ao menos uma vez na vida, todas as pessoas passarão por ele.

O luto é um processo emocional vivenciado ao sentimento de perda, ausência e vazio. Está ligado a morte de um ente querido ou animal de estimação, termino de um relacionamento amoroso, por um prejuízo muito grande, pela falência de um negócio, pela perda da saúde ou ainda por um emprego que ficou no passado.

A melhor forma de entendermos todo esse processo é compreender que ele varia de pessoa para pessoa, e cada um terá uma reação diferente diante de cada perda.

Muitas pessoas questionam quanto tempo e / ou intensidade o luto deve acontecer. O importante é saber que independente do tempo ou sentimentos ligados, o luto faz parte da nossa trajetória e ele deve ser vivido, sentido e compreendido, somente assim, podemos res-tabelecer nosso equilíbrio emocional.

As vezes sentimos que estamos numa montanha russa de emoções fortes, ansiosas, alegres, tristes e até mesmo incompreendidas. Expressamos muitas vezes através do choro, ou silenciosamente. O importante é permitir sentir, e entender que cada um tem o seu tempo para superar o luto.

Vamos conhecer algumas dicas que podem auxiliar nesse momento: · Dê tempo a si mesmo

· Aceite seus sentimentos e saiba que o luto é um processo. Ignorar a dor pode ser pior em longo prazo

· Converse com as pessoas, confie nelas e releve quando elas não souberem bem o que dizer. · Passe tempo com amigos e familiares

· Não se isole. Um grupo de apoio pode ser uma boa opção para você

· Procure um hobby, algo que te dê prazer, ajude a canalizar emoções e ocupe a mente.

· Exercite-se regularmente.

Embora, o sentimento de luto deve ser vivenciado, precisamos ter um olhar quando se complicou e está na hora da busca por um profissional. Sinais como: saudade muito intensa do que foi perdido, negação ou descrença, obsessão por coisas e lugares que lembram o que foi perdido, raiva ou amargura intensas, rejeitar tudo que lembra a perda e sensação de que a vida não tem sentido ou que é vazia

Aline Cristina Gavioli – CRP: 06/164909

É Apenas uma Noite Mal Dormida?

Uma noite bem dormida nos proporciona, além do descanso é claro, consolidar a memória, liberar de hormônios que fortalece o sistema imunológico, regenerar as células entre outros benefícios.

Para quem sofre de insônia, ou seja, não conseguem adormecer ou permanecer adormecido ao longo da noite, pode apresentar prejuízos cognitivos, como na atenção, memória e na criatividade. Podemos observar também, cansaço físico e mental e problemas de humor.

Ansiedade, depressão e estresse são algumas vertentes emocionais que podem acarretar em insônia, além, de algumas doenças clinicas, uso de medicamentos, cafeína, nicotina e álcool.

Durante um processo de estresse e ansiedade, são liberados hormônios de adrenalina e cortisol, que mantem a mente desperta e atenta. Esse hormônio é muito importante quando estamos em perigo, contudo, não conseguir relaxar próximo a hora de dormir, nos trará dificuldades para adormecer. Além disso, precisamos observar se não ficamos ansiosos em saber se conseguiremos dormir ou não e aí entraremos em um movimento cíclico.

Alguns cuidados simples podem ajudar na melhoria da qualidade do sono, como por exemplo, a pratica de exercícios físicos, ter uma alimentação equilibrada no final do dia (evitar alimentos gordurosos e uso de cafeína), além do consumo de álcool e cigarro. Ah, desligar a televisão e o celular também é de grande valia.

Além dessas dicas, quando necessário, devemos buscar ajuda médica e psicoterápica. A terapia auxiliará na reestruturação dos pensamentos cognitivos e com técnicas para alivio da ansiedade.

E aí, o que tem tirado o seu sono?

Aline Cristina Gavioli – CRP: 06/164909

Hmmm…. Posso Comer Mais Um?

Quantas vezes somos acometidos pelo dialético prazer versus razão? Você já se questionou porque algumas coisas nos causam mais prazer e o que nos faz querer repetir essa sensação?

A resposta é simples, essa sensação é provocada pelo nosso sistema de recompensa, área presente no nosso córtex cerebral.

Mas… como isso acontece? Toda vez que vivenciamos situações prazerosas, nosso sistema de recompensa é ativado, produzindo dopamina (neurotransmissor responsável pelo prazer) e este carrega a informação de satisfação a determinadas partes do nosso organismo.

Além disso, o sistema de recompensa também compreende o sistema límbico (composto pelo hipocampo, hipotálamo e amigdala) sendo relacionado as emoções e experiencias prévias. E olha só, em situações prazerosas há ativação do giro do cíngulo, que é capaz de gerar sensação de felicidade e aumento da atenção e como consequência, a ativação de memória.

E como podemos ativar esse fabuloso sistema? O que você talvez não sabia que ele pode ser ativado naturalmente, através de estímulos naturais, interação social, sexo, alimentos, música, experiências religiosas e espirituais. Além disso, o estado de euforia provocado pode ocorrer através do uso de dispositivos eletrônicos e induzidos por drogas.

Então, vamos responder as duas primeiras perguntas: sabe quando você come aquele chocolate preferido e iminentemente recebe uma sensação de felicidade e satisfação? Naquele momento houve o registro cerebral que aquele estimulo é potencialmente prazeroso, o que seria altamente agradável de ser repetido.

Ah então quer dizer que meu sistema de recompensa irá sugerir que eu repita essa ação? Isso mesmo! Daí entramos em conflito com o nosso córtex pré frontal, onde a racionalidade assume a situação e conflitua com o nosso prazer. E quando a emoção ganha, nós reforçamos o sistema de recompensa a pedir que repetimos cada vez mais esse padrão. O que a longo prazo dificultara o rompimento.

E aí, o que você achou de conhecer um pouco mais sobre esse fantástico mundo?

Aline Cristina Gavioli – CRP: 06/164909

O Poder da Gratidão e o Impacto no Bem-Estar

Em momento de tantas notícias ruins, como doenças, mortes, crise financeira, criminalidade, entre tantas outras coisas não positivas acontecendo ao nosso redor, é possível, ainda assim, exercitar o poder da gratidão?

A resposta é, sem dúvida, sim. A gratidão pode ser, inclusive, utilizada como um incrível recurso, pois, quando praticada regularmente, traz vários benefícios psicológicos, físicos e interpessoais.

A palavra gratidão tem sua origem no latim gratia, que significa favor, e gratus, que significa agradar, ou seja, nos remete a outras palavras positivas, voltadas para bondade, reconhecimento e retribuição.

Mas afinal, o que é a gratidão? Apesar de bastante estudada atualmente, principalmente pelo campo da psicologia positiva, existem diferentes teorias sobre a gratidão e, assim, é descrita de diversos modos, tais como emoção, estado de espirito, sentimento, virtude moral, traço de personalidade, afeto, hábito ou, ainda, como modo de estar na vida.

Independente da forma como a gratidão é entendida, as diferentes teorias apontam que ela não é inata e não se manifesta da mesma forma em todas as fases do desenvolvimento, portanto, é algo importante de ser desenvolvido na infância. Além disso, ela é uma característica positiva e universal, admirável em diferentes culturas e em diferentes momentos históricos.

Sabendo da importância de desenvolver e praticar com frequência a gratidão, precisamos entender que, para exercitá-la, outras habilidades nos são exigidas. Precisamos, antes de tudo, ter consciência da nossa vida, enxergando-a de forma ampla e não focada nos problemas ou no automático, como se tudo que nos acontece, temos e vivemos estivessem no campo da obrigatoriedade. Em outras palavras, para ser grato é preciso valorizar o que temos, somos e acontece conosco. Além disso, a gratidão também necessita da capacidade de ter empatia com os outros para acontecer.

Quais os reais benefícios da gratidão? Socialmente, a gratidão é um importante recurso para a manutenção dos vínculos sociais. Pessoas que exercitam a gratidão tendem a ser vistas como melhores companhias.

No que tange os aspectos psicológicos, a gratidão também pode oferecer proteção contra transtornos psiquiátricos. A gratidão traz para o indivíduo bem estar individual e sentimentos de felicidade potencializada. Nesse sentido, sabe-se também que esse bom sentimento de felicidade leva à autoconfiança, criatividade e, assim, comportamentos e resultados mais positivos em sua vida. Consequentemente, essas boas emoções também afetam de forma positiva a saúde física do indivíduo, seja essa por sua escolha de vida mais saudável ou até mesmo por afastar doenças psicossomáticas, gerando, dessa forma, maior vitalidade.

Ao contrário do que pensamos, muitas vezes a gratidão não se restringe a outras pessoas, a gratidão pode ser expressa também em relação a entidades não humanas, como Deus ou animais, ou impessoais, como, por exemplo, a natureza. Portanto, tenha um olhar amplo para sua vida e exercite gratidão, certamente você terá os benefícios dessa ação!

Thaise Fernanda Mendes Soares CRP: 06/128703

Os Vários “E Se…” da Vida.

Quantas vezes você se pega pensando “e se…” eu tivesse ido, “e se…” eu tivesse feito diferente e como as coisas seriam “se…”.

Refletir sobre nossas escolhas, pensando nas consequências dos nossos comportamentos é extremamente importante, afinal, aquilo que vivenciamos ou passamos são, muitas vezes, decorrentes das nossas escolhas.

O que nos falta compreender e aceitar é que nem tudo podemos influenciar ou conduzir, e que sim, muitas coisas estão fora do nosso controle.

Buscar a consciência do que está ou não no nosso controle e das nossas atitudes, possibilita amenizar a nossa ansiedade e em consequência nossas preocupações.

Por isso, vamos buscar entender nossos interesses, nossas inseguranças e preocupações. O que eu quero? Meus pensamentos e inseguranças são reais? Quais os malefícios que eles podem me causar?

Avalie os seus “e se…”, o que eles representam para mim? Espelham minha insegurança, os meus medos e anseios?

E como melhorar tudo isso?

Busque autoconhecimento;

Respeite seus limites;

Respeite a si mesmo;

Busque maneiras para aliviar sua ansiedade!

Aline Cristina Gavioli – CRP: 06/16490

Bate Papo com…

Psicóloga Aline Gavioli da Clínica Confortável Mente

01. Quando estive na inauguração da Clínica Confortável Mente me chamou a atenção do ambiente “clean” e confortável, o trabalho de vocês começar por aí ?

R. Dagoberto, cada detalhe da clínica foi pensado para trazer um toque de conforto a quem viesse até nós. Acreditamos na importância do acolhimento e nossa proposta é que nossos pacientes possam se sentir acolhidos desde o primeiro momento em que entram na clínica. Dessa forma buscamos criar espaços aconchegantes e com cores que proporcionasse tranquilidade, deixando o ambiente agradável e ao mesmo tempo funcional.

02 – Lógico que cada indivíduo adulto tem suas “manias”, no ambiente doméstico como no profissional…em que momento vcs entendem que algumas dessas “manias” devem ser observadas com mais atenção ?

As manias passam a ser motivo de preocupação quando trazem algum prejuízo na vida pessoal ou profissional. Como por exemplo, ansiedade, perdas de compromissos, comprometer o ciclo social, entre outras.

03 – Já conversei com pessoas que, ainda trabalhando em home, relutam em retornar ao modo anterior…. e também o contrário, outras que estão atropelando para retornar à rotina anterior…

Como trabalhar com estes sentimentos ?

Estamos vivenciando, ainda, momentos de incertezas e inseguranças. Sabemos que existem profissionais que encontram dificuldades em se manter no sistema home office e outros que se adaptaram perfeitamente, mas sofrem coma insegurança de retomar o trabalho presencial. Primeiramente devemos buscar entender o que estamos sentimento e vivenciando, uma dica é buscar nomear essas emoções. Sentimento de vazio, de falta de pertencimento, além da falta de rotina aumentam os sintomas de ansiedade, depressão, desamparo e angústias. Então para aqueles que não retornaram ao presencial orientamos que estabeleça uma rotina, com pausas para a refeição e também para os cafézinhos. Não esquecer que a jornada de trabalho tem começo e fim! Não devendo se estender aos interesses da casa! Busque um hobby e crie grupos de interesses em comum e claro, boa alimentação e atividade física! Essas atitudes ajudam a amenizar os efeitos do home office. Agora, para aqueles

que apresentam sentimentos negativos relacionados ao retorno, devemos primeiramente entender a causa desses e buscar sanar todas as dúvidas frente a essas emoções. Um ponto muito interessante é a inserção gradual, respeitando os limites emocional, através do sistema híbrido. Além disse, buscar entender os protocolos de segurança que a empresa oferece, é um modo de amenizar esses sentimentos L.

04 – a garotada, parte dela, já retornou às atividades escolares presenciais e muitas outras ainda não…

E criança, em algum momento, indaga:…porquê eu ainda não vou à escola ? ou, porquê eu estou indo ?

É papel dos pais interferir neste momento ? e os educadores ?

Dagoberto o retorno às aulas é um momento que deve acontecer respeitando o limite de cada aluno e família. Passamos por momentos difíceis, em que houve muitas perdas, foram perdas financeiras, de entes queridos, mas também de aprendizado em muitos casos.

Nesse sentido faz-se necessário o diálogo entre família e escola para verificar qual a melhor forma de realizar o retorno às aulas presenciais para cada criança e acolher os sentimentos e dificuldades que se apresentam na transição do sistema de educação online para hibrido ou presencial.

É preciso que os pais tenham muito diálogo com seus filhos, pois esse aluno encontrará, nesse momento, uma escola muito diferente da que existia antes da pandemia.Esse aluno precisa estar bem orientado com relação aos protocolos de segurança, mas também, da importância de aos poucos retomar algumas atividades e reestruturar sua rotina para o ensino presencial.

05 –Aline, vou me permitir reservar para o próximo bate.papo algumas questões relacionadas a orientação profissional, considerando tantas novas profissões que surgiram…tudo bem ?

Claro Dagoberto, sabemos que o momento de orientação profissional é um período em que a pessoa precisa lidar com vários sentimentos e da importância em tratar sobre esse tema. O aguardamos para a próxima entrevista. Até logo!

Como Está a Sua Saúde?

Como você tem cuidado da sua saúde? Cuida de modo preventivo ou somente quando ela se faz ausente? 

Cuidar da própria saúde e das pessoas que amam deveria ser a prioridade de todos, pois é um grande ato de amor! Porém, infelizmente, por questões culturais e sociais, muitas vezes lembramos do cuidado somente quando ela está em falta em nossas vidas, seguindo o que deveríamos evitar: remediar ao invés de prevenir. 

Ressaltamos que tratar as doenças estabelecidas é extremamente necessário, mas que bom seria priorizar o cuidado da saúde não só nesses momentos; indo além e buscando o cuidado com a saúde de forma integral. 

O cuidado com a saúde integral é olhar para as diferentes dimensões que nos formam enquanto ser humano: física, mental, social e espiritual. É buscar o equilíbrio em todas essas dimensões para, assim, conseguir chegar a um estado de completo bem-estar.  

E para auxiliar no cuidado com a saúde integral da população de São Carlos, a Clínica Confortável Mente abriu suas portas com uma equipe de profissionais muito qualificados e especializados nas diferentes áreas, para atender a todos, de crianças a idosos, que precisam cuidar da saúde física e mental. 

 A equipe conta com especialistas nas áreas de fisioterapia, nutrição, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia, educação especial e desenvolvimento humano. 

A clínica tem como missão proporcionar o atendimento de qualidade para todos, buscando resultados que possam reestabelecer a saúde e proporcionar cuidado integralmente preventivo. 

Seja bem-vindo à nossa clínica ! 

Como Diferenciar Otimismo do Positivismo Tóxico em Tempos Difíceis?

Em tempos difíceis, manter a esperança e um olhar otimista para diferentes situações que ocorrem em nossa vida é construtivo e saudável. O ressignificar as situações difíceis, tirando aprendizados do que nos aconteceu, faz com que possamos crescer mesmo nas situações mais adversas.  

Porém, quando exigimos de nós mesmos ou do outro a obrigação de estar bem a todo momento, independente das circunstâncias vividas, e não permitimos sentir todas as emoções, inclusive as que causam incômodo, estamos entrando no perigoso terreno da positividade tóxica. 

Emoções como tristeza, raiva, nojo, inveja e ciúmes fazem parte da natureza humana, ou seja, todos vamos sentir em algum momento. E por mais que não sejam agradáveis, elas possuem uma função em nossas vidas e são emoções necessárias.  

Vivemos socialmente um momento de muitas perdas e dificuldades ao mesmo tempo em que nos é imposto a ditadura de felicidade, que não nos permite viver esses sentimentos decorrentes das dificuldades enfrentadas e nos faz negar aquilo que é próprio da existência humana. Toda essa dualidade contribui, ainda mais, para nosso adoecimento mental. 

A fácil conquista da superação e felicidade, que antes era propagada somente através de programas de televisão, hoje é disputada através de todas as redes sociais. Nesses meios, muito se divulga sobre os momentos felizes,  exibe-se uma vida de superação sem sofrimento algum e mostra-se como é fácil atingir esse bem estar, pois a crença vendida é a de que é possível ser feliz o tempo todo, basta você ser forte e competente para isso, gerando, assim, uma autocobrança em excesso e aumentando a baixa autoestima e sentimentos negativos, como culpa e fracasso, nos indivíduos. 

Como ser otimista sem cair nas armadilhas da positividade tóxica, em meio a tudo isso? 

  1. Compreenda que nossa vida é feita de momentos, todos vivemos altos e baixos. Somos imperfeitos e vamos sofrer por nossas imperfeições e pela imperfeição do outro. Viver isso não é sinal de fracasso, não se envergonhe ou se culpe pelo sofrimento.  
  1. Reconheça e valide suas emoções. Não negue ou tente fugir das emoções desagradáveis, pois pode até gerar alívio imediato, porém, essa ação posterga, ao mesmo tempo em que aumenta, o desconforto e o problema.  
  1. Olhe para situação que desencadeou essa emoção com uma visão realista. Procure entender o porquê ela se faz presente.  
  1. Manter a esperança em momentos de dificuldades é um ótimo recurso de enfrentamento, porém não deixe de levar em conta as consequências das suas ações atuais. 
  1. Entenda que sentir essas emoções consideradas desagradáveis, em algumas situações, não é um problema; a questão é o que você faz a partir desse sentimento. 
  1. Aceitar a emoção não significa ficar agarrado a ela o tempo todo sem buscar uma solução para o problema que a desencadeou ou tentar ressignificar a situação, seja sozinho ou através de ajuda profissional. 
  1. Acolha seus sentimentos da mesma forma como você acolheria um amigo querido, se trate com carinho e gentileza. 
  1.  Evite falar sobre seus sentimentos com pessoas que invalidam suas emoções, forçando você a ter a positividade tóxica. 
  1. Cuidado com as mensagens que você segue e propaga e que invalidam os sentimentos humanos e sobrevalorizam a positividade. “Veja o lado bom de tudo”, “Não precisa ficar assim” são alguns exemplos.  
  1.  Acolha e normalize a emoção do outro sem julgamentos, mesmo que para você não faça tanto sentido. Você pode, por exemplo, trocar o  “Isso não é tão ruim assim!” pelo “ Imagino o quanto deve estar lhe incomodando, posso lhe ajudar de alguma forma?” 

Lembre-se: merecemos e podemos ser felizes! Isso não significa que não passaremos por momentos de dificuldades e de vivências de todas as emoções, sejam elas agradáveis ou não! 

Psicóloga Thaise Fernanda Mendes de Soares  –  CRP 06/128703 

Clínica Confortável Mente 

Telefone/ Whatsapp (16) 21210704  – Rua Capitão Adão Pereira Souza Cabral 467